Carlos Alberto Gomes de Jesus.
26 anos. Ainda relativamente jovem para o futebol.
Centro de inúmeras polêmicas.
A mais nova foi a sua dispensa em tempo recorde do Grêmio: foram pouco mais de 3 meses no clube gaúcho.
Mas o que acontece com o meio-campista? Futebol, quando quis, ele mostrou ter.
E a direção gremista sequer revelou o motivo de sua dispensa.
Carlos Alberto surgiu como uma grande promessa no Fluminense, em 2002. Logo em seguida, transferiu-se para a Europa, e em 2004 foi campeão da Champions League e do Mundial, sob o comando de um dos melhores treinadores do mundo: José Mourinho.
O ápice para qualque jogador. O meia conquistou com apenas 19 anos.
Seria essa sensação de "não poder chegar mais longe" o que veio acabando com a carreira de Carlos Alberto aos poucos?
Voltou ao Brasil em 2005, para o milionário Corinthians/MSI. Foi campeão brasileiro. Mas que graça tem o Brasileiro para um atual (e jovem) campeão da Europa e do Mundo?
Brigou com o seu treinador Émerson Leão.
Retornou às Laranjeiras. Levou o clube ao título da Copa do Brasil.
Mas na sua cabeça, a importância dos troféus só diminuia. Jogar bola pra levantar uma ´simples´ Copa do Brasil? Assim pensava o jogador.
Conseguiu então uma nova transferência para o futebol europeu. Agora sim, poderia almejar algo maior novamente. Mas o seu comodismo em terras brasileiras o acompanhou até a Alemanha. Foram apenas 2 jogos com a camisa do Werder Bremen.
Que logo resolveu devolvê-lo, junto com sua apatia, ao Brasil.
O São Paulo resolveu apostar numa recuperação do outrora habilidoso meia. Em vão.
Carlos Alberto, além de não jogar bola, não se dava bem nem com a balança.
O Botafogo o levou para ser o cérebro da equipe. Mas ele continuava jogando apenas quando dava vontade.
Depois de um certo tempo parado, o Vasco foi a nova ´mãe´do atleta.
E não é que ele quase voltou a ser o Carlos Alberto do início da carreira?
Comandou a ascensão do Vasco para a Série A, tendo a regularidade esperada pelos torcedores cruzmaltinos. Mas quando chegou a hora de mostrar que era um grande jogador, deu pra trás.
Acabou emprestado ao Grêmio.
E não durou nem o Estadual.
Agora, o meia se ofereceu para o Palmeiras. Ouviu não de Luiz Felipe Scolari, que já dispensara até atletas extramente profissionais, como Rivaldo.
O próximo alvo do meia é o Atlético-MG, de Dorival Júnior.
Mas, antes de pensar em vestir outra camisa de um clube de futebol, Carlos Alberto precisa voltar no tempo.
Eliminar a soberba e a apatia que carrega consigo e jogar bola.
Chega de coletivas de imprensa com comoção, dizendo que é um novo homem.
Faça gols, dê passes. Prove que ainda é um jogador de futebol.
Porque ter humildade é sempre importante. E ela não está a venda nas farmácias.
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